Raçãओ पारा केस ऐ गतोस


Com as prateleiras cheias de rações diferentes, mercado pet cresce para atender necessidades específicas da nutrição de cães e gatos
O lhasa apso Alain Mikli, 3, que come ração específica para a raça refeição além do básico
por Cíntia Marcucci Dar uma volta hoje pelas prateleiras de rações para cães e gatos de um pet shop é uma verdadeira excursão, tamanha é a variedade de opções para alimentar os membros de quatro patas da família. Entre alimentos comuns e premium, destinados a uma só raça, fases da vida ou necessidades especiais, não há quem não se pergunte as diferenças e os benefícios reais contidos em cada pacotinho.A consultora óptica Andrea Tavares, 40, dona de Alain Mikli, um lhasa apso de três anos, já fez outros testes, mas acabou optando por um produto específico para a raça. “Logo que ele saiu da fase de filhote eu comecei a dar uma ração que vinha num pacote lindo, com uma foto de um cachorro superfofo. Ele adorava, mas depois começou a passar mal do estômago e a veterinária disse que era pela ração ser do tipo fast food, cheia de atrativos, mas que não tinha os melhores nutrientes.” Desde a troca pela ração para lhasa apso, Andrea percebe o cachorro mais ativo e disposto, embora ainda ache a outra ração mais bonita e com cheiro melhor. Isso não significa que o animal não pudesse comer nenhum outro alimento, mas que a tal ração específica para a raça leva em conta características peculiares daquele animal.A introdução das rações no Brasil remonta há pouco mais de 30 anos. Antes disso, o alimento do bicho era mesmo feito de sobras do que as pessoas comiam. Hoje, o Brasil é o segundo maior mercado pet do mundo, com uma população de 31 milhões de cães e 15 milhões de gatos que devem movimentar um mercado de US$ 3,22 milhões em 2008 somente na parte de alimentação, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfalpet). Esse valor é dividido entre as rações comuns, as denominadas premium, aquelas para necessidades especiais (obesidade, atividade física, animais de ambientes internos etc.) e as terapêuticas, indicadas para problemas de saúde.”Muitos cães na fase anterior à da existência das rações industrializadas, por não terem dieta balanceada na fase de crescimento, tinham problemas nutricionais e ósseos, além de outras coisas, pelo resto da vida”, afirma Enrico Lippi Ortolani, professor de clínica das doenças nutricionais da faculdade de medicina veterinária da USP. “Claro que também sobreviviam, mas o desenvolvimento de alimentos especiais é um avanço da indústria que pode ser aproveitado.”Embora um alimento balanceado comum e de boa qualidade supra as necessidades dos animais em geral, o que ocorre com os específicos para raças é uma espécie de ajuste fino, como explica José Roberto Sartori, zootecnista e professor de nutrição de peixes e pequenos animais da faculdade de veterinária da Unesp de Botucatu. As diferenças das necessidades nutricionais dos animais passa por tamanho, idade, nível de atividade física. Os alimentos específicos para raças são como se fossem uma dieta personalizada, considerando suas características físicas e metabólicas. “Há diferenças no tamanho dos pellets (grãos) de ração e ajustes nas quantidades de gorduras e outros nutrientes”, aponta Sartori. Confira no quadro ao lado as principais categorias de ração para ajudar na hora de decidir como alimentar o pet. Os gatos persa, por exemplo, são bastante beneficiados pelos alimentos especiais para a raça: os pellets são feitos em um formato que facilita a absorção da ração. Os criadores Maria de Fátima Pinha, 47, e José Augusto Borges, 50, listam também as vantagens de algumas rações que têm aditivos para auxiliar na expulsão das bolas de pêlo. “Eles aproveitam melhor o alimento, o intestino funciona melhor, a pelagem fica mais densa, o gato passa a evidenciar o que tem de melhor na raça.”

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